Educação Ambiental Crítica
A Educação Ambiental (EA) Crítica abandona o modelo
conservador de educação ambiental higienista, tratada de forma biológica e
amplia seu raio de ação para todos os aspectos sócio-ambientais-culturais
possíveis. Analisa a ação do capital nas sociedades e de seu modelo, observa e
critica suas causas, identificando os papéis sociais e seus atores. Guimarães:
“a educação ambiental crítica objetiva
promover ambientes educativos de mobilização desses processos de intervenção
sobre a realidade e seus problemas socioambientais, para que possamos nestes
ambientes superar as armadilhas paradigmáticas e propiciar um processo
educativo, em que nesse exercício, estejamos, educandos e educadores, nos
formando e contribuindo pelo exercício de uma cidadania ativa na transformação
da grave crise socioambiental que vivenciamos todos.” (2004)
A abordagem crítica torna a educação
ambiental contra-hegemônica e favorece a reflexão dos papéis sociais de todos
envolvidos no processo da crise ambiental. Através do olhar crítico, o educando
pode analisar quais são as causas das crises ambientais. Será que a sociedade
brasileira, após tantos anos de uma política limitante, de censura, de
imposições tem uma população educada para criticar? O olhar que a educação
ambiental crítica sugere as pessoas necessita de liberdade de pensar e que elas
possam, após um primeiro contato, interagir com os conhecimentos apreendidos,
formando opiniões.
A Educação Ambiental Crítica procura
ampliar o olhar dos educandos. Oferece bases para construção de um
cidadão que será capaz de olhar para o cenário ambiental que se apresenta
atualmente e de não ser apenas sugestionado pelas mídias, mas que possa
dialogar com essas informações. Pode-se dizer com isso que a EA Crítica pode
contribuir para a formação de um cidadão que se aproprie dos saberes necessários
para uma existência social ativa e participante.
O local propício para esta atividade
formadora é a escola. Ela é o ambiente de fomento das novas ideias e de
experimentos de ações educativas que priorizam a construção sadia de uma
sociedade participativa.
Neste projeto pressupomos que a utilização da música na sala de aula pode favorecer o trabalho crítico porque atua como texto que vai provocar as discussões e suscitar temas interessantes e de acordo com os pontos que a própria EA Crítica trata.
Referências Bibliográficas:
GUIMARÃES,
M. A formação de educadores ambientais.
Campinas: Papirus, 2004
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