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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

ILHA DAS FLORES



Ilha das Flores
(Ilha das Flores, 1989)
• Direção: Jorge Furtado
• Roteiro: Jorge FurtadoCecília Meireles (poesia)
• Gênero: Documentário/Drama
• Origem: Brasil
• Duração: 13 minutos
• Tipo: Curta-metragem

Sinopse: Considerado um dos melhores documentários em curta-metragem do cinema brasileiro, o filme fala sobre a pobreza do povo brasileiro de forma única e irônica, através da Ilha das Flores, que serve como depósito de comida que a classe média não consome e banquete para os necessitados.

Este documentário tem uma visão fria e dura sobre a pobreza, as relações de trabalho e o lixo. Mostra o paradoxo da evolução humana e de como os seres lidam com o consumo, natureza e a falta de cuidado com o ambiente em que vive.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Uso da música nas aulas de Educação Ambiental

Música como recurso didático

Com a aprovação da lei nº 11.769 de 18 de agosto de 2008 a música deverá ser conteúdo obrigatório do currículo a partir da data de sua publicação, tendo as escolas três anos para se adaptarem.  A música passará a fazer parte do cotidiano da escola e nada mais próximo da realidade, do que uma metodologia que se aproxime disso. Rosas (2010):

“A música, além de motivar, é um elemento importante na aprendizagem, pois facilita a mesma. A música leva a uma socialização e ambas despertam sentimentos e emoções, alteram estados de ânimo e favorecem o desenvolvimento da criatividade. Sendo assim, a música possui importância vital não somente no ensino presencial, mas também à distância, cujas práticas pedagógicas apoiam-se cada vez mais na tecnologia e as interações entre os sujeitos buscam cada vez mais os aspectos afetivos” (Rosas, 2010).

            Como podemos ver a música está ligada a diversos fatores que predispõe à aprendizagem porque leva a socialização, desperta sentimentos e emoções. Butt (2009) fala que “os alunos, como sabemos, têm estilos de aprendizagem diferentes, o que implica a adoção pelos professores de diferentes de uma variedade de estratégias de ensino”. O uso da música está dentro destas estratégias variadas e cabe como recurso facilitador da aprendizagem.

Referências Bibliográficas:

BRASIL. Lei 11.769 de 18 de agosto de 2008. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11769.htm>. Acesso em: 20/11/2012.

BUTT, G. O planejamento de aulas bem-sucedidas. São Paulo: Editora Special Book Services Livraria. 2ªed., 2009.

Earth Song - Michael Jackson

Earth Song

What about sunrise
What about rain
What about all the things
That you said we were to gain
What about killing fields
Is there a time
What about all the things
That you said was yours and mine
Did you ever stop to notice
All the blood we've shed before
Did you ever stop to notice
This crying Earth, its' weeping shore

Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh

What have we've done to the world
Look what we've done
What about all the peace
That you pledge your only son
What about flowering fields
Is there a time
What about all the dreams
That you said was yours and mine
Did you ever stop to notice
All the children dead from war
Did you ever stop to notice
This crying Earth, its' weeping shore

Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh

I used to dream
I used to glance beyond the stars
Now I don't know where we are
Although I know we've drifted far

Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh

Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh

Hey, what about yesterday
(What about us)
What about the seas
(What about us)
Heavens are falling down
(What about us)
I can't even breathe
(What about us)
What about apathy
(What about us)
I need you
(What about us)
What about nature's worth
(ooo, ooo)
It's our planet's womb
(What about us)
What about animals
(What about it)
Turn kingdom to dust
(What about us)
What about elephants
(What about us)
Have we lost their trust
(What about us)
What about crying whales
(What about us)
Ravaging the seas
(What about us)
What about forest trails
(ooo, ooo)
Burnt despite our pleas
(What about us)
What about the holy land
(What about it)
Torn apart by greed
(What about us)
What about the common man
(What about us)
Can't we set him free
(What about us)
What about children dying
(What about us)
Can't you hear them cry
(What about us)
Where did we go wrong
(ooo, ooo)
Someone tell me why
(What about us)
What about baby boy
(What about it)
What about the days
(What about us)
What about all their joy
(What about us)
What about the man
(What about us)
What about the crying man
(What about us)
What about Abraham
(What about us)
What about death again
(ooo, ooo)
Do we give a damn

Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh

Canção da Terra / TRADUÇÃO

O que aconteceu com o nascer do sol?
O que aconteceu com a chuva?
O que aconteceu com todas as coisas,
Que você disse que iríamos ganhar?
O que aconteceu com os campos de extermínio?
Essa é a hora.
O que aconteceu com todas as coisas,
Que você disse que eram nossas?
Você já parou para pensar em
Todo o sangue derramado antes de nós?
Você já parou para pensar que
A Terra e os mares estão chorando?

Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh

O que fizemos para o mundo?
Olhe o que fizemos.
O que aconteceu com toda a paz?
Que você prometeu a seu único filho?
O que aconteceu com os campos floridos?
Essa é a hora.
O que aconteceu com todos os sonhos
Que você disse serem nossos?
Você já parou pra pensar,
Sobre todas as crianças mortas pela a guerra?
Você já parou para pensar que
A Terra e os mares estão chorando?

Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh

Eu costumava sonhar
Costumava viajar além das estrelas
Agora já não sei onde estamos
Embora saiba que fomos muitos longe

Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh

Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh

O que aconteceu com o passado?
(O que aconteceu conosco?)
O que aconteceu com os mares?
(O que aconteceu conosco?)
O céu está caindo
(O que aconteceu conosco?)
Não consigo nem respirar
(O que aconteceu conosco?)
E a apatia?
(O que aconteceu conosco?)
Eu preciso de você.
(O que aconteceu conosco?)
E o valor da natureza?
(ooo, ooo)
É o ventre do nosso planeta.
(O que aconteceu conosco?)
E os animais?
(O que aconteceu conosco?)
Fizemos de reinados, poeira.
(O que aconteceu conosco?)
E os elefantes?
(O que aconteceu conosco?)
Perdemos a confiança deles?
(O que aconteceu conosco?)
E as baleias chorando?
(O que aconteceu conosco?)
Estamos destruindo os mares
(O que aconteceu conosco?)
E as florestas?
(ooo, ooo)
Queimadas, apesar dos apelos
(O que aconteceu conosco?)
E a terra prometida?
(O que aconteceu conosco?)
Dilacerada pela ganância
(O que aconteceu conosco?)
E o homem comum?
(O que aconteceu conosco?)
Não podemos libertá-lo?
(O que aconteceu conosco?)
E as crianças morrendo?
(O que aconteceu conosco?)
Não consegue ouvi-las chorar?
(O que aconteceu conosco?)
O que fizemos de errado?
(ooo, ooo)
Alguém me fale o porquê
(O que aconteceu conosco?)
E os bebês?
(O que aconteceu conosco?)
E os dias?
(O que aconteceu conosco?)
E toda a alegria?
(O que aconteceu conosco?)
E o homem?
(O que aconteceu conosco?)
O homem chorando?
(O que aconteceu conosco?)
E Abraão?
(O que aconteceu conosco?)
E a morte de novo?
(ooo, ooo)
A gente se importa?

Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh



Esta música nos mobiliza e oferece oportunidade de questionamento para toda temática ambiental deixando o professor livre para apontar o que quiser. Ela fala sobre os mares, florestas, queimadas, etc. 
Pode servir como fator de sensibilização e para ser usada no início de qualquer discussão. 
Une o saudoso megastar Michael Jackson com uma letra riquíssima em questionamentos. É um prato cheio para uma aula provocativa e questionadora.

Angra dos Reis - Legião Urbana

Angra dos Reis
(Legião Urbana)

Deixa, se fosse sempre assim
Quente, deita aqui perto de mim
Tem dias, que tudo está em paz
E agora os dias são iguais..

Se fosse só sentir saudade
Mas tem sempre algo mais
Seja como for
É uma dor que dói no peito
Pode rir agora
Que estou sozinho
Mas não venha me roubar...

Vamos brincar perto da usina
Deixa pra lá
A Angra é dos Reis
Por que se explicar
Se não existe perigo...

Senti teu coração perfeito
Batendo à toa e isso dói
Seja como for
É uma dor que dói no peito
Pode rir agora
Que estou sozinho
Mas não venha me roubar
Uh! Uh! Uh! Uh!...

Vai ver que não é nada disso
Vai ver que já não sei quem sou
Vai ver que nunca fui o mesmo
A culpa é toda sua e nunca foi...

Mesmo se as estrelas
Começassem a cair
A luz queimasse tudo ao redor
E fosse o fim chegando cedo
Você visse o nosso corpo
Em chamas!
Deixa, pra lá...

Quando as estrelas
Começarem a cair
Me diz, me diz
Pr'onde é
Que a gente vai fugir?



Esta música serve como ponto de partida para a discussão sobre usinas nucleares com sua produção de energia barata, mas com riscos graves em caso de acidente. O assunto pode se ampliar para o acidente de Chernobyl, na Ucrânia e uma análise sobre os riscos que este tipo de usina de geração de energia envolve.

A questão do lixo radioativo pode ser tratada também nesta discussão. E, vale a pena observar que os principais componentes que compõem o lixo radioativo produzido nas usinas nucleares, são os produtos da fissão nuclear que ocorre no reator. Após anos de uso de uma certa quantidade de Urânio, o combustível inicial vai se transformando em outros produtos químicos, como criptônio, bário, césio, etc, que não tem utilidade na usina. Ferramentas, roupas, sapatilhas, luvas e tudo o que esteve em contato direto com esses produtos, é classificado como lixo radioativo.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Educação Ambiental Crítica

Educação Ambiental Crítica

A Educação Ambiental (EA) Crítica abandona o modelo conservador de educação ambiental higienista, tratada de forma biológica e amplia seu raio de ação para todos os aspectos sócio-ambientais-culturais possíveis. Analisa a ação do capital nas sociedades e de seu modelo, observa e critica suas causas, identificando os papéis sociais e seus atores. Guimarães:
 “a educação ambiental crítica objetiva promover ambientes educativos de mobilização desses processos de intervenção sobre a realidade e seus problemas socioambientais, para que possamos nestes ambientes superar as armadilhas paradigmáticas e propiciar um processo educativo, em que nesse exercício, estejamos, educandos e educadores, nos formando e contribuindo pelo exercício de uma cidadania ativa na transformação da grave crise socioambiental que vivenciamos todos.” (2004)
            A abordagem crítica torna a educação ambiental contra-hegemônica e favorece a reflexão dos papéis sociais de todos envolvidos no processo da crise ambiental. Através do olhar crítico, o educando pode analisar quais são as causas das crises ambientais. Será que a sociedade brasileira, após tantos anos de uma política limitante, de censura, de imposições tem uma população educada para criticar? O olhar que a educação ambiental crítica sugere as pessoas necessita de liberdade de pensar e que elas possam, após um primeiro contato, interagir com os conhecimentos apreendidos, formando opiniões.
            A Educação Ambiental Crítica procura ampliar o olhar dos educandos. Oferece bases para construção de um cidadão que será capaz de olhar para o cenário ambiental que se apresenta atualmente e de não ser apenas sugestionado pelas mídias, mas que possa dialogar com essas informações. Pode-se dizer com isso que a EA Crítica pode contribuir para a formação de um cidadão que se aproprie dos saberes necessários para uma existência social ativa e participante.
            O local propício para esta atividade formadora é a escola. Ela é o ambiente de fomento das novas ideias e de experimentos de ações educativas que priorizam a construção sadia de uma sociedade participativa.
               Neste projeto pressupomos que a utilização da música na sala de aula pode favorecer o trabalho crítico porque atua como texto que vai provocar as discussões e suscitar temas interessantes e de acordo com os pontos que a própria EA Crítica trata.

Referências Bibliográficas:
GUIMARÃES, M. A formação de educadores ambientais. Campinas: Papirus, 2004

Homem Primata - Titãs

Homem Primata
(Titãs)

Desde os primórdios
Até hoje em dia
O homem ainda faz
O que o macaco fazia
Eu não trabalhava
Eu não sabia
Que o homem criava
E também destruía...

Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!...(2x)

Eu aprendi
A vida é um jogo
Cada um por si
E Deus contra todos
Você vai morrer
E não vai pro céu
É bom aprender
A vida é cruel...

Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!...(2x)

Eu me perdi
Na selva de pedra
Eu me perdi
Eu me perdi...

"I'm a cave man
A young man
I fight with my hands
(With my hands)
I am a jungle man
A monkey man
Concrete jungle!
Concrete jungle!"

Desde os primórdios
Até hoje em dia
O homem ainda faz
O que o macaco fazia
Eu não trabalhava
Eu não sabia
Que o homem criava
E também destruía...

Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!...(2x)

Eu aprendi
A vida é um jogo
Cada um por si
E Deus contra todos
Você vai morrer
E não vai pr'o céu
É bom aprender
A vida é cruel...

Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!...(2x)

Eu me perdi
Na selva de pedra
Eu me perdi
Eu me perdi
Eu me perdi
Eu me perdi...



Nesta composição de Marcelo Fromer, Sérgio Britto, Nando Reis e Ciro Pessoa, surge mais uma vez a crítica ao sistema capitalista. No trecho "que o homem criava e também destruía" a música provoca a a grande temática  da ação antrópica em todo ambiente e as relações estabelecidas entre o próprio homem e a natureza.

Sugestão de discussão:

1. Por que a música trata o capitalismo de selvagem?
2. O que o homem cria e destrói?
3. Quais são as justificativas para a destruição?
4. Segundo Marx, " O trabalho não é a fonte de toda riqueza. A natureza é fonte de todos os valores de uso (que são de qualquer forma, a riqueza real!) tanto quanto o trabalho, que não é em si nada além da expressão de uma força natural, a força de trabalho do homem". Como podemos vincular esta citação de Marx com o Capitalismo Selvagem?

Sobradinho - Sá & Guarabira


Sobradinho
(Biquini Cavadão)

O homem chega, já desfaz a natureza
Tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar
O São Francisco lá pra cima da Bahia
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
E passo a passo vai cumprindo a profecia do beato que dizia que o Sertão ia alagar

O sertão vai virar mar, dá no coração
O medo que algum dia o mar também vire sertão

Adeus Remanso, Casa Nova, Sento-Sé
Adeus Pilão Arcado vem o rio te engolir
Debaixo d'água lá se vai a vida inteira
Por cima da cachoeira o gaiola vai, vai subir
Vai ter barragem no salto do Sobradinho
E o povo vai-se embora com medo de se afogar.

Remanso, Casa Nova, Sento-Sé
Pilão Arcado, Sobradinho
Adeus, Adeus ...


A música composta por Sá & Guarabira conta o drama da população com relação à construção de uma barragem no rio São Francisco para a construção da Hidrelétrica de Sobradinho.
Veja no link abaixo a dupla contando esta história:







Mais atual do que nunca, esta música serve de início para a discussão sobre o consumo energético no Brasil. Abre espaço para o debate sobre as construções de hidrelétricas, seus prós e contras. O professor pode também aproveitar o grande tema proposto e trazer para discussão a polêmica construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

Sugestão de discussão:

1. As hidrelétricas são consideradas fontes de energias limpas?

2. Quais são as fontes energéticas de que o nosso país dispõe?

3. A UNESCO, alarmada pelo fato de mais de três bilhões de pessoas nos países em desenvolvimento dependerem da biomassa tradicional e do carvão para cozinhar e para aquecer, e que um bilhão e meio estão ainda hoje sem eletricidade, a Assembleia Geral das Nações Unidas, proclamou o ano de 2012 como o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos. definiu o ano de 2012 como o Ano Internacional da Energia Sustentável para todos. Nosso país produz energia suficiente para toda população?

4. Quais são os interesses financeiros que permeiam a indústria energética de nosso país?
5. Quais são os danos provocados pela construção de uma hidrelétrica?
6. Por que a construção da Usina de Belo Monte se tornou uma grande polêmica?





Geração Coca - Cola - Legião Urbana

Geração Coca - Cola


(Legião Urbana)

Quando nascemos fomos programados

A receber o que vocês
Nos empurraram com os enlatados
Dos U.S.A., de nove as seis.

Desde pequenos nós comemos lixo
Comercial e industrial
Mas agora chegou nossa vez
Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês

Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola

Depois de 20 anos na escola
Não é difícil aprender
Todas as manhas do seu jogo sujo
Não é assim que tem que ser

Vamos fazer nosso dever de casa
E aí então vocês vão ver
Suas crianças derrubando reis
Fazer comédia no cinema com as suas leis

Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola

Depois de 20 anos na escola
Não é dificil aprender
Todas as manhas do seu jogo sujo
Não é assim que tem que ser

Vamos fazer nosso dever de casa
E aí então vocês vão ver
Suas crianças derrubando reis
Fazer comédia no cinema com as suas leis

Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-cola
Geração Coca-cola
Geração Coca-cola
Geração Coca-cola


Esta música, da década de 80, retrata a forma capitalista de viver. O grupo, originário de Brasília, possuía uma forte linha crítica  social, ainda mais num período pós-ditadura.
Podemos começar pensando sobre a própria geração Coca-Cola. Fruto de um período de valorização da cultura americana e ao consumo do era produzido por eles. Ainda vivemos este tipo de consumo? Somos programados para o consumo? 

SUGESTÃO DE DISCUSSÃO:

1. Após quase 30 anos ainda somos programados para consumir "enlatados americanos"?
2. Qual é o lixo comercial e industrial que somos convidados a 'comer'?
3. Como futuro da nação, o que podemos fazer diferente?

3º do Plural - Engenheiros do Hawaii


3º do Plural

(Engenheiros do Hawaii)

Corrida pra vender cigarro
Cigarro pra vender remédio
Remédio pra curar a tosse
Tossir,cuspir,jogar pra fora
Corrida pra vender os carros
Pneu,cerveja e gasolina
Cabeça pra usar boné
E professar a fé de quem patrocina
Eles querem te vender, eles querem te comprar
Querem te matar de rir…querem te fazer chorar
Quem são eles?
Quem eles pensam que são? 4x
Corrida contra o relógio
Silicone contra a gravidade
Dedo no gatilho,velocidade
Quem mente antes diz a verdade
Satisfação garantida
Obsolescência programada
Eles ganham a corrida antes mesmo da largada
Eles querem te vender, eles querem te comprar
Querem te matar a sede, eles querem te sedar
Quem são eles?
Quem eles pensam que são? 4x
Vender…comprar…vedar os olhos
Jogar a rede contra a parede
Querem te deixar com sede
Não querem nos deixar pensar
Quem são eles?
Quem eles pensam que são?


A música faz crítica ao sistema capitalista e o incentivo ao consumo desenfreado. Na letra a pergunta "Quem são eles?" pode abrir a discussão sobre o tema.

Sugestão de um ROTEIRO DE TRABALHO

Duração: 2 tempos de aula

Objetivos:
. Discutir as faces do capitalismo e o consumo desenfreado. 
. Observar que o consumo está ligado ao uso dos recursos planetários.
. Debater sobre as políticas públicas que incentivam o consumo exagerado.

Metodologia:

Introduzir o tema falando sobre alguns conceitos que estão na letra da música como obsolescência programada, velocidade, vender, comprar, etc. Observar os conceitos de trabalho e exploração envolvidos no tema.
Ouvir a música com os alunos, ver o vídeo e se houver alguém habilitado, tocá-la no violão ou guitarra. 
Abrir discussão.

Questões norteadoras para discussão:

. Quem são eles?
. O que é a obsolescência programada?
. Por que somos tão incentivados ao consumo?
. O que fazer com os produtos antigos depois que os trocamos por novos em tão pouco tempo?
.  Analisar o seguinte trecho: 
"Corrida pra vender cigarro
Cigarro pra vender remédio
Remédio pra curar a tosse
Tossir,cuspir,jogar pra fora"

               . De que forma a indústria manipula a sociedade para o consumo?


Avaliação:

    . Observar a discussão, interesse e participação dos alunos. 
    . Solicitar aos alunos pequenos textos com as compreensões finais sobre a discussão.





Cantar para Letrar

Cantar para Letrar


Encontrar formas de tornar o aluno de hoje no cidadão crítico de amanhã é no momento um dos objetivos de quase todo professor das mais diversas disciplinas. Os Parâmetros Curriculares Nacionais e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira orientam o trabalho do professor e das instituições de ensino para a construção de um cidadão atuante e crítico. Mas será que a escola tradicional, que baseia sua rotina na transmissão de conhecimentos, consegue atingir esse objetivo? 

 "A crise geral que se abate sobre o mundo moderno e que atinge quase todas as áreas da vida humana manifesta-se diferentemente nos vários países, alargando-se a diversos domínios. Na América, um dos aspectos mais característicos e reveladores é a crise periódica da educação, confirmando o quadro da atual crise" (ARENDT, 1961, p.2). 

O ensino tradicional encontra-se em crise e é certo que todos buscamos formas de que esse ensino seja agradável, atrativo e cumpra os objetivos determinados, como por exemplo, formar o cidadão. O letramento científico se constitui num grande aliado na conquista deste objetivo uma vez que vai além da simples transmissão dos conhecimentos curriculares, vai inclusive além da própria alfabetização científica e Santos define bem quando coloca que: 


"O termo alfabetização tem sido empregado com sentido mais restritivo de ação de ensinar a ler e a escrever, o termo letramento refere-se ao “estado ou condição de quem não sabe apenas ler e escrever, mas cultiva e exerce práticas sociais que usam a escrita”. (...) adota-se a diferenciação entre alfabetização e letramento, pois na tradição escolar a alfabetização científica tem sido considerada na acepção do domínio da linguagem científica, enquanto o letramento científico, no sentido do uso da prática social, parece ser um mito distante da prática da sala de aula. Ao empregar o termo letramento, busca-se enfatizar a função social da educação científica contrapondo-se ao restrito significado de alfabetização escolar" (SANTOS, 2007, p.479).

De acordo com o conceito de Santos o letramento científico busca enfatizar a função social da educação científica, educa uma pessoa para cultivar e exercer práticas sociais. No caso do projeto deste blog, busca através da música, ou seja, da análise de letras de músicas antigas e atuais, letrar o cidadão com relação às questões ambientais de forma crítica. De acordo com Oliveira, et al (2011), "a música, ainda de forma tímida, tem sido utilizada como ferramenta  para ensinar conteúdos de ciências, uma alternativa pouco aplicada no ensino formal (...) e neste espaço pretendemos ampliar este uso fornecendo subsídios para o professor através de sugestões de roteiros de trabalhos com a música como fator provocador para discussões, críticas ou início de debates.

Referências Bibliográficas:


ARENDT, H. A Crise na Educação. Disponível em: <http://redesocial.unifreire.org/ pedagogia-noturno/arquivos/hanna-arendt-a-crise-na-educacao.pdf> Acesso em: 11 jun. 2012.
BRASIL. Ministério da Educação e Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais + Ensino Médio. Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12598%3Apublicacoes&Itemid=859> Acesso em: 14, jul. 2012.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, nº 9394/96. Disponível em: < http://www.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20041202141358.pdf > Acesso em 10,  jul. 2012.
OLIVEIRA, A.D, PILATTI, L.A., FRANCISCO, A.C., ROCHA, D.C. Interação entre música e tecnologia: uma experiência utilizando a web-rádio. Revista Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, Vol. 13, No 3,2011.
SANTOS, W.L.P. Educação Científica na perspectiva de letramento como prática social: funções, princípios e desafios. Revista Brasileira de Educação. v.12, n.36, set./dez. 2007.